terça-feira, 17 de agosto de 2010

RH Estratégico — Business Integrator

Além de todas as atribuições que o RH já tem, é preciso desenvolver mais uma, a atividade de Business Integrator. O que é o Business Integrator? É o profissional de RH que vai ligar e integrar, todos os departamentos: técnico, produção, vendas, marketing, custo, logística, fiscal, segurança do trabalho e todos os demais, rumo aos objetivos planejados, definidos e necessários operacionalmente. O RH Business Integrator pensa o negócio como um todo e age para integrar, e só ele é capaz de desenvolver esta tarefa com a competência, imparcialidade e transparência necessária para atingir o resultado esperado. Portanto, o foco do RH é o resultado. Que resultado? O resultado operacional do negócio.

O RH tem papel essencial, estratégico no negócio. Esta é uma frase comum e verdadeira, encontrada em muitos textos sobre RH. Entretanto, uma questão continua seguindo esta afirmação. Como fazer isto? Como ser estratégico? O que exatamente precisa ser feito para ser estratégico de fato?
A resposta é o RH Business Integrator. Um departamento de RH com características profissionais mais completas, capaz de identificar as variáveis operacionais favoráveis e as não favoráveis, na direção do que foi planejado para o negócio.

A competência do RH está parcialmente fundamentada em atribuições, tais como: planejamento de RH, recrutamento e seleção, avaliação de desempenho, benefícios, relações sindicais, treinamento, dentre outras não menos importantes.
Portanto, o pessoal do RH atua com enorme responsabilidade, sobre o trabalho de identificar as competências comportamentais e técnicas que se tornam requisitos valorizados pela empresa em seu processo de seleção de candidatos a cargos. Daí surge a busca de pessoas que atenda a cultura da empresa, do perfil generalista ou especialista do profissional, do perfil do líder, da capacidade de trabalhar sob pressão, das características do cargo e seus desafios, de atuar em equipe, das bases éticas do candidato com relação a negócio e à carreira, do foco no resultado, do nível de aversão ao risco e muitos outros.

A imparcialidade é inerente, sob o ponto de vista do marketing interno, ao endomarketing. O RH é fornecedor de todas as outras áreas da organização, o que o torna um departamento central. O RH precisa ser entendido como centro provedor de um recurso valioso para a empresa — as pessoas. Sem o trabalho extraordinário dessa gente para a busca das pessoas certas, para as atividades certas, não haverá clientes, vendas e, muito menos, bons resultados. Ninguém pode fazer tudo sozinho. Então, não é exagero dizer que o RH desempenha uma tarefa central na operação do negócio da empresa.
Entretanto, poucos têm dado importância a isto. A mídia noticia casos positivos de empresas com grande sucesso na integração de todo pessoal rumo aos objetivos definidos e então, alcançados para o período de tempo analisado. Mas também noticia a dificuldade da maioria delas em conduzir um trabalho de engajamento, comprometimento de todos colaboradores com o negócio da empresa.

A transparência surge da obrigação, da necessidade de se relacionar com todos os outros departamentos para o levantamento de dados, informações e fatos relevantes que expliquem o negócio, utilizando uma linguagem desenvolvida internamente, comum e entendida por todos da empresa, sobre o resultado, pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades. Essa é a competência complementar ao RH que invariavelmente o coloca na posição de realizar um papel de liderança na organização, e assim exercer a ligação do elo que une todos os departamentos operacionalmente e que ainda falta em muitas empresas.

O RH estratégico, além de tudo que executa, deve suplementar sua ação como Business Integrator, correlacionando de forma singular gestão de pessoas e negócio. A realidade dos acontecimentos mostra que a competência necessária para desempenhar tal tarefa já faz parte da lista de atribuições mais comuns realizadas, o que falta é praticar uma linguagem operacional única dentro da organização e isso pode ser desenvolvido e implantado.


Paulo Renato A. Araújo
Trabalhou na INMONT e BASF. Ocupou cargos técnicos e gerenciais, com atividades internacionais, até responder como Gerente Geral por toda operação de uma divisão de negócios da BASF no Brasil. Professor Universitário de Gestão da Qualidade e Serviços na UNIPLI.

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