quinta-feira, 23 de junho de 2011

Geração T: indivíduos que sabem de tudo, mas não avaliam nada

Entre os indivíduos que fazem parte das famosas gerações X e Y, foi identificado um comportamento que classifica uma parcela deles em uma nova modalidade, a Geração T.

Apesar de não limitar a uma faixa de idade, a geração T é formada principalmente por jovens que sabem de absolutamente tudo que está acontecendo no mundo, mas não são capazes de analisar, comparar ou emitir qualquer opinião a respeito de nenhum assunto.

O “Tê” vem justamente da palavra testemunha, já que tais indivíduos não passam de meros espectadores dos fatos. De acordo com o profissional de comunicação e ex-executivo de marketing Luciano Pires, esse grupo “sabe de tudo, mas não sabe o porquê das coisas”.

Comportamento

Entre suas principais características, é possível dizer que o que eles mais sabem fazer é contar para os outros o que viram. Segundo Pires, observa-se que esse público, ao participar de eventos ou ao ter contato com as informações, é capaz apenas de reproduzir o que lê ou ouve, sem formar opinião sobre nada.

Pires tenta explicar esse comportamento recorrendo à tecnologia. Segundo ele, as facilidades que a tecnologia proporciona, como o rápido acesso às informações e a simplicidade em se conectar com as pessoas, faz com que os jovens se esqueçam do conteúdo, se entregando “de corpo e alma” ao processo.

“É como um estudante de propaganda que, fascinado pelo design do anúncio, acaba deixando de lado os atributos de venda do produto. Ou um diretor de cinema que, da mesma forma, fascinado pelos efeitos especiais, deixa de lado a riqueza do roteiro e das ideias”, explica ele. Essa lógica nada mais é do que o tradicional conflito entre forma e conteúdo.

Geração T no trabalho

Mas, se foi identificada uma geração que está mais interessada em reproduzir e se conectar do que avaliar e criticar, seria interessante também entender como esse comportamento pode afetar a construção de suas carreiras.

Os jovens da geração T, no ambiente de trabalho, são aqueles que fazem o que são mandados fazer, que vão para onde são mandados ir e que o máximo que conseguem é criticar, seja o chefe, a empresa ou a vida.

No seu comportamento não se observa um espírito crítico, capaz de melhorar os processos. É exatamente neste ponto que sua carreira não vai para frente, já que as empresas estão em busca justamente de profissionais que tenham capacidade de julgamento e que saibam tomar decisões. “A geração T julga e decide pela cabeça dos outros”, salienta Pires.

É importante ressaltar que o principal problema dessa geração não está relacionado com sua eficiência operacional, mas sim com sua atitude, uma atitude tão superficial frente ao que acontece no mundo que atrofia sua capacidade de julgar, criticar e analisar.

Equipe InfoMoney

Vantagens do retorno de Ex-Colaborador

A busca por crescimento na carreira é constante no atual cenário do mercado de trabalho. A mudança de emprego ocorre com muita frequência, e quando os profissionais não conseguem atingir seus objetivos na nova empreitada, uma alternativa comum é voltar ao antigo emprego.

Tanto as empresas quanto os profissionais mudaram sua concepção em relação a isso. A maioria dos empregadores passou a entender que o profissional, muitas vezes, precisa sair para aprofundar seus conhecimentos para, quando retornar, se sentir mais valorizado no seu local de trabalho.

Mas, para isso, é importante deixar sempre as portas abertas. O profissional deve exercer suas atividades até o final do contrato estabelecido. E, após a execução das tarefas pendentes, manter um relacionamento pós-trabalho para ajudar em dúvidas que restaram à empresa antiga.

O empregador precisa preencher a vaga disponível, e para treinar uma nova pessoa é preciso de informações que, na maioria das vezes, somente o antigo colaborador conhece. Além de auxiliar, essa assistência é uma importante ferramenta para manter o networking profissional atualizado.

Um profissional que retorna ao antigo posto de trabalho pode trazer mais experiência de visão de mercado e apresentar esses conceitos para outros trabalhadores.

Novas visões podem desfazer a impressão que o mercado lá fora está melhor do que o oferecido pela empresa, e que é preciso saber aproveitar as oportunidades do local de trabalho.

As empresas que acolhem o “ex-atual-colaborador” enxergam pontos positivos e negativos trazidos por ele após o desligamento. O empregador deve enxergar no profissional a visão diferente que ele trouxe do mercado de trabalho.

Já o trabalhador volta por que sente confiança na organização e estrutura da empresa. Se ambas as partes concordarem com o retorno, resta aproveitarem as oportunidades e alinhar novas metas de trabalho para alcançar o sucesso.

Mas é preciso ficar atento, porque nem sempre o ex-empregador estará de portas abertas. É excelente manter uma rede de contatos, porém é necessário entender que o antigo empregador pode estar procurando pensamentos diferentes.

O perfil do profissional que retorna ao antigo posto de trabalho é marcado por competência. Esse trabalhador que consegue voltar à empresa é conhecido por conduta exemplar e bom desempenho. A instituição enxerga nesse retorno uma oportunidade positiva para obter conhecimento e valorizar o trabalho feito por ele.

Viviane Gonzalez (Diretora da Business Partners Consulting, empresa que presta serviços de consultoria em RH e Inteligência Organizacional e de recrutamento estratégico e especializado em todos os níveis)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A mesa de trabalho revela quem é seu dono

Para quem passa muito tempo no trabalho, a mesa pode se tornar uma segunda sala de estar: fotos, objetos decorativos, plantas, livros e até bonbonnières com guloseimas. Com uma rápida olhada ao canto do colega ao lado, fica fácil saber mais sobre ele. A mesa de trabalho pode revelar muito do dono - inclusive o que ele não deseja.

A consultora de imagem corporativa Renata Mello diz que é natural o desejo de criar uma atmosfera de conforto no ambiente profissional, sobretudo quando se passa muito tempo nele. Num local competitivo, no entanto, o excesso de personalização pode imprimir uma imagem distorcida.

Na medida certa, brinquedinhos e objetos com referências ao universo infantil podem passar a ideia de criatividade; em exagero, acusam infantilidade. "Trabalho não é lugar de expor intimidade", explica Renata. "A etiqueta da mesa de trabalho vale muito em profissões formais, e salas e baias que são compartilhadas", completa.

Bagunça organizada? - Uma mesa cheia de papeis e livros não é, necessariamente, desorganizada. "Tudo depende do perfil de trabalho", diz a home organizer Ingrid Lisboa. "Mas volume de trabalho também não é sinônimo de bagunça", pondera.

Ingrid recomenda ter em cima da mesa somente as ferramentas essenciais para a rotina diária. "O que não é de uso imediato, descarte ou arquive em pastas", aconselha.

Cíntia Covre, especialista em organização da Otimiza Design, acrescenta que não adianta retirar tudo de cima da mesa e entulhar em gavetas. "O importante é saber onde estão as coisas", diz. Para quem não consegue evitar excesso de material sobre a mesa, a especialista sugere o uso de acessórios funcionais. "Um porta-canetas, um porta-trecos e uma pasta de arquivos, por exemplo, são essenciais e decoram."

Cuidado com o que sua mesa diz de você

- Pilhas de papeis e livros espalhados: demonstra desleixo e falta de habilidade com organização. DICA: Evite empilhar coisas. Organize seus papeis em pastas;

- Bichinhos, elementos infantis e muitas plantas: personalidade sensível, que pode ser confundida com imaturidade; alguém que não está preparado para uma promoção, por exemplo. DICA: escolha apenas um objeto;

- Porta-retratos com fotos pessoais, inclusive de turmas em baladas. Demonstra exibicionismo, alguém que só pensa em diversão. DICA: Seja discreto. Prefira fotos da família e dos colegas;

- Mesa vazia: O pessoal da limpeza agradece, mas demonstra que você não tem vínculos profundos, não vai permanecer muito no emprego ou está sempre em férias.



Fonte: Renata Mello, consultora de imagem corporativa - Exame.com