segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O RH de 2011

"Não são as organizações mais fortes que sobrevivem, nem tampouco as mais lucrativas, mas aquelas que promovem e respondem melhor às mudanças." Charles Darwin

O MUNDO DO FUTURO

1. O Trabalhador
O trabalhador do futuro é mulher, de 30 a 40 anos, divorciada, foco no equilíbrio entre vida e trabalho, sem raízes (móvel), 3 anos de trabalho por empresa, trabalha em equipe.

2. A Empresa
A empresa é global, virtual, ágil, competitiva, inovadora, horizontal, decisões compartilhadas, participativas e descentralizadas.

3. O RH
O RH tem as seguintes previsões de cenários futuros:

- práticas globais,

- equipes auto-dirigidas e dispersas no espaço e no tempo,

- liderança à distância;

- operacionalização das atividades e do atendimento de RH por um PORTAL VIRTUAL, de conhecimento, treinamento, resultados compartilhados e específicos, avaliação de equipes e individual, e compensação total (salário mais benefícios flexíveis e individualizados).

A EVOLUÇÃO DA ÁREA DE RH
A área de RH, dentro das empresas, visa, básica e permanentemente, obter e manter pessoas com os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias e suficientes para alcançar as metas propostas, de curto a longo prazo, dentro de determinados padrões acordados a cada instante entre a empresa e cada empregado.

Quanto maior a especialidade e a importância relativa do empregado para a empresa, maior será o atendimento individualizado. Como a tendência é só ficar com as atividades essenciais (ver terceirização abaixo), a relação empresa - empregado torna-se, ao longo do tempo, uma relação um a um.

Os serviços, que a área de RH presta às empresas, envolvem também a necessidade de produtividade crescente em seus próprios processos, como todos os demais processos dentro de quaisquer empresas.

Há uma tendência das empresas voltarem-se ao seu foco, ao âmago do seu negócio. Pois ninguém consegue fazer tudo bem, não é mesmo?

Esta tendência resulta em terceirização.

No momento em que as soluções tornam-se visíveis e quantificáveis, e os processos estiverem sob controle, chegamos a um passo da possibilidade de terceirização, que ainda não é o fim, pois da terceirização podemos evoluir para a parceria, que ocorre quando a empresa e sua terceirizada "se abraçam" na busca de resultados e celebrações compartilhadas.

Mas tudo de RH pode ser terceirizado? E o que é estratégico ou essencial para a sua empresa? Esta é uma resposta que cada empresa terá que responder, percorrendo e traçando o seu próprio caminho, dentro dos padrões e necessidades específicas que se desenvolverem em seu mercado de atuação e concorrência.

Dentro desse quadro pode-se perceber que a área de RH pode ter histórias diferentes, distintas, e apresentaremos dois pólos distintos, os extremos, a título de exemplo:

- A área de conhecimento específico, a área de desenvolvimento das competências essenciais à consecução da missão e visão da empresa é estratégica, e refere-se ao diferencial que garante a sobrevivência da empresa, garante a permanência da empresa na competição pelo mercado.

As universidades corporativas são construídas dentro deste foco: gerar e disseminar os conhecimentos, as habilidades e as atitudes que dão suporte às competências essenciais. Por razões óbvias este conjunto de atividades está muito longe da sua terceirização, está cada vez mais colada ao núcleo da empresa;

- Já, por exemplo, as áreas de recrutamento, seleção, treinamento (em áreas fora das competências essenciais), folha de pagamento, gerência do pacote de benefícios, promoção do desempenho podem ir sendo terceirizadas, na medida da maturidade dos processos internos, da concorrência e das exigências do mercado.

E O PROFISSIONAL DE RH?

Tendo em vista este panorama da evolução possível apresentada ficam cada vez mais claros, objetivos e mensuráveis os resultados esperados dos profissionais de RH.

Dentro de um mundo cada vez mais globalizado, onde a única constante é a mudança, e a única certeza 100% é a da imprevisibilidade, torna-se mandatória a adaptabilidade.

O profissional de RH deve, portanto, promover e acompanhar a mudança e estar atento à imprevisibilidade:

- ações contínuas de monitoramento interno e externo às empresas para as quais presta serviços;

- ter instrumentos para rápido diagnóstico de problemas em sua área de atuação;

- acompanhar o desenvolvimento do mercado competitivo por talentos;

- possuir uma rede de relacionamentos que permita identificar e se antecipar às mudanças do mercado;

- focar seu desenvolvimento pessoal de forma balanceada: o que a empresa necessita e o que ele gosta ou quer (preparar-se para o próximo trabalho).


Por Carlos Alberto de Faria
Merkatus

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