terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Como o RH pode ter um bom 2011, na empresa?

Com a chegada do Ano Novo, geralmente, as pessoas fazem planos tanto no campo pessoal quanto profissional. E os profissionais de Recursos Humanos certamente já pensaram em algo que querem ver concretizado, principalmente no campo organizacional. Por isso, se você faz parte dos que não querem ficar na zona de conforto, garantir seu espaço no mercado altamente competitivo, seguem algumas sugestões para você que atua na área, começar 2011 com o pé direito.


1 - Faça uma autoavaliação com base no desempenho que você teve em 2010, na empresa em que atua. Seja sincero consigo e identifique os seus pontos fortes e aqueles considerados fracos, que precisam ser trabalhados para que seu êxito na carreira não seja comprometido.

2 - Participe das atividades e dos treinamentos que a organização oferece a você. Se há verbas para seu aprimoramento, não deixe para depois o que pode ser feito agora. Caso não existam treinamentos internos que contribuam para o seu crescimento profissional, nada de perder o ânimo. Recorra ao autodesenvolvimento através de leituras em sites especializados, revistas que focam o segmento em que você atua, livros, pesquisas, entre outras ricas fontes de informação.

3 - Valorize o network não apenas em encontros presenciais, mas também através das redes sociais tão valorizadas em um mercado globalizado. Esteja atento à atualização dos seus dados, pois eles podem lhe valer novos canais de desenvolvimento e até mesmo da valorização da sua empregabilidade.

4 - A troca de informações para seu próprio desenvolvimento também pode estar mais perto do que você imagina, ou seja, junto aos seus colegas de trabalho. Por isso, esteja atento aos profissionais do seu convívio e procure, se possível, destinar umas duas horas para formar um grupo de estudos com quem realmente esteja disposto a desenvolver-se e agregar novos conhecimentos na área.

5 - Seja receptivo às inovações e nunca menospreze a si próprio. Não diga que seja impossível acompanhar as mudanças, porque cabe ao seu esforço e à sua própria força de vontade vencer os obstáculos que surgirão no dia a dia.

6 - Lembre-se de que o mercado necessita de talentos que atuem estrategicamente, sejam ativos e nunca passivos. Como um profissional que atua na área de Recursos Humanos, você necessita fazer a sua parte para ser considerado um parceiro do negócio. Para entender melhor como se migra do operacional para o estratégico, leia casos de sucesso de outras empresas mesmo que essas não sejam do mesmo segmento em que você atue.

7 - Para que uma área de RH realize ações com reais chances de êxito, é fundamental estar próximo dos demais profissionais. Ou seja, quem fica apenas atrás da mesa não terá chances de conhecer a realidade dos colaboradores e tampouco conduzir ações que atendam às reais necessidades dessas pessoas que fazem a organização funcionar.

8 - Também dê valor ao seu ambiente de trabalho. Observe o que pode ser melhorado na sua sala e que dependa diretamente de você. A valorização do ser humano deve começar pelo próprio RH, pois você também deve se valorizar. Se abrir as janelas traz mais luz para o ambiente de trabalho, não pense duas vezes e se dê esse presente. A foto de alguém que você ama, em cima da sua mesa também é algo que o fará pensar duas vezes antes de desistir de algo.

9 - Trabalhar faz bem, mas se lembre que, além disso, é ótimo reservar um espaço para sua vida pessoal. Não se torne um workaholic e tenha tempo para os amigos e a família.

10 - Por fim, trace suas metas para 2011 e dê datas para alcançar cada uma delas. Não permite que elas fiquem apenas no papel. É muito fácil dizer que se quer fazer isso ou aquilo. Contudo, é preciso ter foco para conquistar seus objetivos.

Por Patrícia Bispo para o RH.com.br

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Adultecer de Recursos Humanos

Há algum tempo venho pensando em manifestar minhas reflexões sobre a Arte de Construir Recursos Humanos nas Organizações e o Universo conspirou para que este nobre presente chegasse a mim neste momento.
Arte e Construção contínua, pois somos “gentófilos” apaixonados pela missão de contribuir para que outros Seres Humanos como nós possam encontrar em seu ambiente profissional o melhor lugar para se trabalhar.
Acredito que a melhor forma de refletir este papel nos dias de hoje, é retratar uma breve recapitulação das ondas macros que esta área já superou.
Há anos atrás a função era puramente administrativa, o velho conhecido como Departamento Pessoal, veio a Seleção mais voltada para triagem de candidatos após o preenchimento de fichas de emprego, o Treinamento surgiu como capacitação, numa época em que configurava principalmente a obediência servil por parte dos empregados.
Na medida em que as pessoas começaram a manifestar mais abertamente suas insatisfações, o R.H. sai de um papel mecanicista e passa a buscar meios para “suavizar” as relações de trabalho, adotando postura mais observadora diante o comportamento dos funcionários. Além disso, a própria tecnologia traz novas fronteiras para os perfis de conhecimentos e características pessoais.
Chegou a época do R.H. estar mais envolvido pelo negócio, criando metodologias mais sofisticadas para selecionar pessoas e acompanhar suas carreiras, através de parâmetros mais detalhados, incluindo modelos de remuneração, benefícios, medições de performances, preocupação com o Clima Organizacional, eu chamaria da fase dos temperos variados, a cada semana surgiam coisas novas e alguns R.Hs queriam agarrar todos os cavalos galopantes, visando estar em evidência como uma área moderna, com tecnologia avançada, apropriando-se de maior poder na estrutura hierárquica.
Com os sistemas de controles financeiros cada vez mais aguçados, o R.H. obriga-se a estimular mais sua criatividade para manter seu espaço, porém trazendo soluções mais palatáveis para a empresa. Eu diria que soluções mais realistas e menos histéricas, o que traz a área efetivamente para dentro da estrutura.
Revisitando meus anos de carreira em R.H., vejo que as questões principais consideradas mais problemáticas são Comunicação, Liderança e Clima Organizacional, os grandes desafios para R.H.
Porém durante anos a área cuidou dos sintomas, o que gera melhorias paliativas, mas basta olhar a essência de tais questões e se deparar com o óbvio.
Penso que qualquer organização defina sua estratégia de negócios em busca de Resultado/lucratividade e que o tripé de sustentação para mover esta máquina envolve o aspecto financeiro (viabilidade econômica), tecnologia/processo (visão sistêmica e automação) e pessoas. Entretanto, hipoteticamente, o único quesito que se move, ainda que falte os outros dois, é o quesito pessoas.
Logo PESSOAS é o elementar, conseqüentemente envolve Relacionamento, o que implica em conflito, atrito (Rela = atrita).
Há muito tempo eu nem chamaria mais a área de Recursos Humanos, pois evidencia o valor humano atribuído pelas empresas, tratando igualmente a Recursos Financeiros, Recursos Tecnológicos, Recursos Materiais.
Entretanto outras denominações como Gestão de Pessoas, Desenvolvimento Humano, e vai por aí, também não classifica exatamente o conceito desta área, já gerir e desenvolver é responsabilidade de todas as demais áreas da organização e todas compostas de gente.
Sensacional!! chegou então a uma fase de crise de identidade para esta área, o que a obriga a repensar sua missão, visão e papéis na organização.
Creio que seja necessário separar o joio do trigo, elencando suas atribuições funcionais por subsistema.
Um deles é de Serviços (operacional), como Folha de Pagamento, Encargos Sociais, Medicina e Segurança do Trabalho, Sistema de Automação, Relações Sindicais e Trabalhistas, foco na Legislação Trabalhista vigente, soberana aos interesses da empresa, seguido de observância das Políticas Internas.
Outro subsistema, o de Compensação (Tática): Plataforma de Cargos & Salários, Remuneração fixa e variável, Benefícios, PLR, Bônus. Regendo o conjunto pelo princípio da equidade interna e mercadológica (sistema econômico vigente e segmento de negócios).
Por fim, o terceiro subsistema de Prospecção e Desenvolvimento (Estratégica): Atração e Seleção, Gestão do Conhecimento, Gestão da Satisfação, Gestão de Desempenho, Relacionamento Interno, Comunicação Interna e Painel de Controle (indicadores).
Nestes 3 subsistemas, a responsabilidade é estar atento, a novas metodologias, modelos de ferramentas, soluções diferenciadas, tecnologias, apresentando alternativas para a empresa, sempre observando a relação custo x benefício, viabilidade de realização, resultados práticos, objetivos congruentes, consistentes e coerentes com o momento da organização, além de adotar posturas alinhadas e sustentadas por um eixo conceitual que siga a mesma rota estratégica da empresa.
Organizado desta forma, parece relativamente fácil, dependendo de uma equipe multifuncional, com especialistas de visão generalista e de um líder de boa capacidade analítica, bem articulado, que atende rapidamente ao delivery, ágil nas soluções e decisões.
Mas não é tão simples e pragmático, pois atuar em recursos Humanos implica numa profundidade intangível, nuances de cores e tons, praticamente uma dimensão paralela.
E sinto que é sobre esta dimensão que devemos refletir!!!
O R.H. é um Oceano, todos os acontecimentos da empresa deságuam lá, é onde as pessoas vão reclamar, desabafar, denunciar, questionar, chorar e até se esconder.
É uma área que talvez merecesse ganhar adicional por insalubridade, pois como um mineiro, mergulha profundamente no outro quando necessário, ou ser Recursos Gerais para Humanos, pois tem seus variados momentos, terapeuta, educador, acolhedor, noticiário, dicionário e até samambaia, quando não pode expressar absolutamente nada.
Assim, de fato não há título que dimensione esta área.
Mas eu considero inegável que seja um trabalho que se concretiza movido por AMOR, uma dose infindável de interesse pela Natureza Humana Essencial, uma Fé inabalável em sua capacidade de transformação, além de compaixão, aceitação e muito bom humor…
O que eu mais recomendaria a qualquer profissional que atue ou pense em atuar nesta área, é dedique-se seriamente a seu processo de autoconhecimento, entenda que não salvará ninguém, respeite o limite da consciência do outro, bem como as escolhas, seja humilde, mas não modesto, e cuidado com o Ego, pronto, digamos que é um bom conjunto para manter a neutralidade necessária.
Assim, vejo que a melhor postura, é a integral, agir de acordo com que fala, posicionar-se, buscando ser um agente de interação entre empregador e empregado, mostrando transparência pelo sistema de gestão, visando o objetivo de contribuir com a perenidade e crescimento sustentável da organização e credibilidade na relação com os colaboradores.
Trazer à luz a Consciência das Competências, para que os colaboradores de fato tenham Ciência do que lhes Compete.
R.H. às vezes é bom de conteúdo e relapso na embalagem ou venda, outras cria uma embalagem impactante, uma venda bombástica e o conteúdo é vulnerável. Portanto é necessário entender, que o conteúdo tem que apresentar consistência e pode ser simples a embalagem ser atrativa e a venda agregadora, tratando-se de qualquer produto, proposta de solução elaborada pela área, lembrando que promessas podem ser armadilhas, pois tratando-se de Ser Humano dificilmente teremos garantias, pois a via é de mão dupla.
Conscientizar a organização sobre a complexidade das atividades, através de indicadores de produtividade, contra fatos não há argumentos.
A maioria dos colaboradores, incluindo a liderança, desconhece qual é o próprio custo que tem para a empresa, não sabem o conceito de remuneração, implicações legais nas relações de trabalho, tem uma percepção distorcida das atribuições de R.H., além de imaginativa e fantasiosa, sendo esta a caixa preta da empresa, carecendo desmistificar suas funções.
A maioria “idealiza” um ambiente de trabalho, mas não tem uma visão crítica e real, precisam construir a imagem do que realmente querem, mais consciente de bônus e ônus de cada função, acho que dá até pra comparar com os relacionamentos afetivos.
Existe uma forte tendência dos colaboradores de se colocarem a parte dos acontecimentos, ou seja, não compreendem a empresa, em suas metas, objetivos, ações, atitudes, valores.
O Ser Humano, por natureza, necessita de atenção e reconhecimento (mãe), além de limites e orientações (pai), simbolicamente acaba atribuindo esses papeis arquetípicos à empresa e ao chefe e estabelecendo esse modelo infantilizado de relação emocional de forma inconsciente.
E as organizações estimularam isso, sendo hostis demais ou assistencialistas demais, ou seja, precisamos crescer, nos apropriando da responsabilidade de nossa vida e não delegando este poder a outro.
Agora é necessária, uma relação adulta, conscientizando a todos (empregadores e empregados), que esta relação é uma via de mão dupla, onde ambos são responsáveis pela saúde e satisfação da mesma.
A retenção e satisfação desta relação acontecem pela identificação e afinidade com o DNA da empresa, o que gera orgulho, é um apaixonar-se que vibra mais intensamente dentro do Ser Humano, haja vista que o aspecto financeiro é efêmero.
Assim, penso que o mais importante papel do profissional de Recursos Humanos é entregar-se ao AMOR pela Natureza Humana e atuar como agricultor, semeando continuamente a única fonte de Sabedoria e maior Patrimônio que o Ser Humano pode ter, o AUTOCONHECIMENTO, pois quem conhece a si mesmo é LIVRE, e liberdade é a essência da FELICIDADE!!!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Faça de suas apresentações um sucesso

Veja como pode ser simples planejar e fazer apresentações de sucesso. Acompanhe passo a passo um conjunto de regras que irão ajudá-lo a falar em público com segurança e desembaraço.

1. A naturalidade pode ser considerada a melhor regra da boa comunicação
Se você cometer alguns erros técnicos durante uma apresentação em público, mas comportar-se de maneira natural e espontânea tenha certeza de que os ouvintes ainda poderão acreditar nas suas palavras e aceitar bem a mensagem. Entretanto, se usar técnicas de comunicação, mas apresentar-se de forma artificial, a platéia poderá duvidar das suas intenções. A técnica será útil quando preservar suas características e respeitar seu estilo de comunicação. Apresentando-se com naturalidade, irá se sentir seguro confiante e suas apresentações serão mais eficientes.

2. Não confie na memória - leve um roteiro como apoio
Algumas pessoas memorizam suas apresentações palavra por palavra imaginando que assim se sentirão mais confiantes. A experiência demonstra que, de maneira geral, o resultado acaba sendo muito diferente. Se você se esquecer de uma palavra importante na ligação de duas idéias, talvez se sinta desestabilizado e inseguro para continuar. O pior é que ao decorar uma apresentação você poderá não se preparar psicologicamente para falar de improviso e ao não encontrar a informação de que necessita, ficará sem saber como contornar o problema. Use um roteiro com as principais etapas da exposição, e frases que contenham idéias completas. Assim, diante da platéia, leia a frase e a seguir comente a informação, ampliando, criticando, comparando, discutindo, até que essa parte da mensagem se esgote. Depois, leia a próxima frase e faça outros comentários apropriados à nova informação, estabeleça outras comparações, introduza observações diferentes até concluir essa etapa do raciocínio. Aja assim até encerrar a apresentação. Uma grande vantagem desse recurso é que você se sentirá seguro por ter um roteiro com toda a seqüência da apresentação, ao mesmo tempo que terá a liberdade para desenvolver o raciocínio diante do público. Se a sua apresentação for mais simples poderá recorrer a um cartão de notas, uma cartolina mais ou menos do tamanho da palma da mão, que deverá conter as palavras-chave, números, datas, cifras, e todas as informações que possam mostrar a seqüência das idéias. Com esse recurso você bate os olhos nas palavras que estão no cartão e vai se certificando que a seqüência planejada está sendo seguida.

3. Use uma linguagem correta
Uma escorregadinha na gramática aqui, outra ali, talvez não chegue a prejudicar sua apresentação. Afinal, quem nunca comete erros gramaticais que atire a primeira pedra. Entretanto, alguns erros grosseiros poderão prejudicar a sua imagem e a da instituição que estiver representando. Tenho relacionado alguns erros comuns cometidos até por aqueles que ocupam posições hierárquicas importantes e sinto que as platéias que os ouvem duvidam da formação e da competência de quem os comete. Os mais graves são: "fazem tantos anos", "menas", "a nível de", "somos em seis", "meia tola", entre outros. Mesmo que você tenha uma boa formação intelectual, sempre valerá a pena fazer uma revisão gramatical, principalmente quanto à conjugação verbal e às concordâncias.

4. Saiba quem são os ouvintes
Se você fizer a mesma apresentação diante de platéias diferentes talvez até possa ter sucesso, mas por acaso, a previsão, entretanto, é que não atinja os objetivos pretendidos.
Cada público possui características e expectativas próprias, e que precisam ser consideradas em uma apresentação. Procure saber qual é o nível intelectual das pessoas, até que ponto conhecem o assunto e a faixa etária predominante dos ouvintes. Assim, poderá se preparar de maneira mais conveniente e com maiores chances de se apresentar bem.

5. Tenha começo meio e fim
Guarde essa regrinha simples e muito útil para organizar uma apresentação: Anuncie o que vai falar, fale e conte sobre o que falou. Depois de cumprimentar os ouvintes e conquistá-los com elogios sinceros, ou mostrando os benefícios da mensagem, conte qual o tema que irá abordar. Ao anunciar qual o assunto que irá desenvolver, a platéia acompanhará seu raciocínio com mais facilidade, porque saberá aonde deseja chegar. Em seguida, transmita a mensagem, sempre facilitando o entendimento dos ouvintes. Se, por exemplo, deseja apresentar a solução para um problema, diga antes qual é o problema. Se pretende falar de uma informação atual, esclareça inicialmente como tudo ocorreu até que a informação nova surgisse. Use toda argumentação disponível: pesquisas, estatísticas, exemplos, comparações, estudos técnicos e científicos, etc. Se, eventualmente, perceber que os ouvintes apresentam algum tipo de resistência, defenda os argumentos refutando essas objeções. Finalmente, depois de expor os argumentos e defendê-los das resistência dos ouvintes, diga qual foi o assunto abordado, para que a platéia possa guardar melhor a mensagem principal.

6. Tenha uma postura correta
Evite os excessos, inclusive das regras que orientam sobre postura. Alguns, com o intuito de corrigir erros, partem para os extremos e condenam até atitudes que, em determinadas circunstâncias, são naturais e corretas. Assim, cuidado com o "não faça", "não pode", "está errado" e outras afirmações semelhantes. Prefira seguir sugestões que dizem "evite", "desaconselhável", "não é recomendável", e outras que se pareçam com essas. Portanto, evite apoiar-se apenas sobre uma das pernas e procure não deixá-las muito abertas ou fechadas. É importante que se movimente diante dos ouvintes para que realimentem a atenção, mas esteja certo de que o movimento tem algum objetivo, como por exemplo, destacar uma informação, reconquistar parcela do auditório que está desatenta, etc. caso contrário é preferível que fique parado. Cuidado com a falta de gestos, mas seja mais cauteloso ainda com o excesso de gesticulação. Procure falar olhando para todas as pessoas da platéia, girando o tronco e a cabeça com calma, ora para a esquerda, ora para a direita, para valorizar e prestigiar a presença dos ouvintes, saber como se comportam diante da exposição e dar maleabilidade ao corpo, proporcionando, assim, uma postura mais natural. O semblante é um dos aspectos mais importantes da expressão corporal, por isso dê atenção especial a ele. Verifique se ele está expressivo e coerente com o sentimento transmitido pelas palavras. Por exemplo, não demonstre tristeza quando falar em alegria. Evite falar com as mãos nos bolsos, com os braços cruzados ou nas costas. Também não é recomendável ficar esfregando as mãos, principalmente no início, para não passar a idéia de que está inseguro ou hesitante.

7. Seja bem-humorado
Nenhum estudo comprovou que o bom-humor consegue convencer ou persuadir os ouvintes. Se isso ocorresse os humoristas seriam sempre irresistíveis. Entretanto, é óbvio que um orador bem-humorado consegue manter a atenção dos ouvintes com mais facilidade. Se o assunto permitir e o ambiente for favorável, use sua presença de espírito para tornar a apresentação mais leve, descontraída e interessante. Cuidado, entretanto, para não exagerar, pois o orador que fica o tempo todo fazendo gracinhas pode perder a credibilidade.

8. Prepare-se para falar
Assim como você não iria para a guerra municiado apenas com balas suficientes para acertar o número exato de inimigos entrincheirados, também para falar não deverá se abastecer com conteúdo que atenda apenas ao tempo determinado para a apresentação. Saiba o máximo que puder sobre a matéria que irá expor, isto é, se tiver de falar 15 minutos, saiba o suficiente para discorrer pelo menos 30 minutos. Não se contente apenas em se preparar sobre o conteúdo, treine também a forma de exposição. Faça exercícios falando sozinho na frente do espelho, ou se tiver condições, diante de uma câmera de vídeo. Atenção para essa dica - embora esse treinamento sugerido dê fluência e ritmo à apresentação, de maneira geral, não dá naturalidade. Para que a fala atinja bom nível de espontaneidade fale com pessoas. Reúna um grupo de amigos, familiares ou colegas de trabalho, ou de classe, e converse bastante sobre o assunto que irá expor. Acredite, se conseguir falar de maneira semelhante na frente da platéia será um sucesso.

9. Use recursos audiovisuais
Esse estudo é impressionante - se apresentar a mensagem apenas verbalmente, depois de três dias os ouvintes irão se lembrar de 10% do que falou. Se, entretanto, expuser o assunto verbalmente, mas com auxílio de um recurso visual, depois do mesmo período, as pessoas se lembrarão de 65% do que foi transmitido. Mais uma vez, tome cuidado com os excessos. Nada de Power Point acompanhado de brecadinhas de carro, barulhinhos de máquina de escrever, e outros ruídos que deixaram de ser novidade há muito tempo e por isso podem vulgarizar a apresentação. Um bom visual deverá atender a três grandes objetivos: destacar as informações importantes, facilitar o acompanhamento do raciocínio e fazer com que os ouvintes se lembrem das informações por tempo mais prolongado. Portanto, não use o visual como "colinha", só porque é bonito, para impressionar, ou porque todo mundo usa. Observe sempre se o seu uso é mesmo necessário. Faça visuais com letras de um tamanho que todos possam ler. Projete apenas a essência da mensagem em poucas palavras. Apresente números em forma de gráficos. Use cores contrastantes, mas sem excesso. Posicione o aparelho de projeção e a tela em local que possibilite a visualização da platéia e facilite sua movimentação. Evite excesso de aparelhos. Quanto mais aparelhos e mais botões maiores as chances de aparecerem problemas.

10. Fale com emoção
Fale sempre com energia, entusiasmo, emoção. Se nós não demonstrarmos interesse e envolvimento pelo assunto que estamos abordando, como é que poderemos pretender que os ouvintes se interessem pela mensagem? A emoção do orador tem influência determinante no processo de conquista dos ouvintes.


Reinaldo Polito,
Professor, mestre em ciências da comunicação e autor de onze obras sobre o assunto, entre elas o Best Seller "Como falar corretamente e sem inibições" com 98 edições. Esses e outros conceitos são desenvolvidos no curso de expressão verbal ministrado pelo Professor Reinaldo Polito

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O RH de 2011

"Não são as organizações mais fortes que sobrevivem, nem tampouco as mais lucrativas, mas aquelas que promovem e respondem melhor às mudanças." Charles Darwin

O MUNDO DO FUTURO

1. O Trabalhador
O trabalhador do futuro é mulher, de 30 a 40 anos, divorciada, foco no equilíbrio entre vida e trabalho, sem raízes (móvel), 3 anos de trabalho por empresa, trabalha em equipe.

2. A Empresa
A empresa é global, virtual, ágil, competitiva, inovadora, horizontal, decisões compartilhadas, participativas e descentralizadas.

3. O RH
O RH tem as seguintes previsões de cenários futuros:

- práticas globais,

- equipes auto-dirigidas e dispersas no espaço e no tempo,

- liderança à distância;

- operacionalização das atividades e do atendimento de RH por um PORTAL VIRTUAL, de conhecimento, treinamento, resultados compartilhados e específicos, avaliação de equipes e individual, e compensação total (salário mais benefícios flexíveis e individualizados).

A EVOLUÇÃO DA ÁREA DE RH
A área de RH, dentro das empresas, visa, básica e permanentemente, obter e manter pessoas com os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias e suficientes para alcançar as metas propostas, de curto a longo prazo, dentro de determinados padrões acordados a cada instante entre a empresa e cada empregado.

Quanto maior a especialidade e a importância relativa do empregado para a empresa, maior será o atendimento individualizado. Como a tendência é só ficar com as atividades essenciais (ver terceirização abaixo), a relação empresa - empregado torna-se, ao longo do tempo, uma relação um a um.

Os serviços, que a área de RH presta às empresas, envolvem também a necessidade de produtividade crescente em seus próprios processos, como todos os demais processos dentro de quaisquer empresas.

Há uma tendência das empresas voltarem-se ao seu foco, ao âmago do seu negócio. Pois ninguém consegue fazer tudo bem, não é mesmo?

Esta tendência resulta em terceirização.

No momento em que as soluções tornam-se visíveis e quantificáveis, e os processos estiverem sob controle, chegamos a um passo da possibilidade de terceirização, que ainda não é o fim, pois da terceirização podemos evoluir para a parceria, que ocorre quando a empresa e sua terceirizada "se abraçam" na busca de resultados e celebrações compartilhadas.

Mas tudo de RH pode ser terceirizado? E o que é estratégico ou essencial para a sua empresa? Esta é uma resposta que cada empresa terá que responder, percorrendo e traçando o seu próprio caminho, dentro dos padrões e necessidades específicas que se desenvolverem em seu mercado de atuação e concorrência.

Dentro desse quadro pode-se perceber que a área de RH pode ter histórias diferentes, distintas, e apresentaremos dois pólos distintos, os extremos, a título de exemplo:

- A área de conhecimento específico, a área de desenvolvimento das competências essenciais à consecução da missão e visão da empresa é estratégica, e refere-se ao diferencial que garante a sobrevivência da empresa, garante a permanência da empresa na competição pelo mercado.

As universidades corporativas são construídas dentro deste foco: gerar e disseminar os conhecimentos, as habilidades e as atitudes que dão suporte às competências essenciais. Por razões óbvias este conjunto de atividades está muito longe da sua terceirização, está cada vez mais colada ao núcleo da empresa;

- Já, por exemplo, as áreas de recrutamento, seleção, treinamento (em áreas fora das competências essenciais), folha de pagamento, gerência do pacote de benefícios, promoção do desempenho podem ir sendo terceirizadas, na medida da maturidade dos processos internos, da concorrência e das exigências do mercado.

E O PROFISSIONAL DE RH?

Tendo em vista este panorama da evolução possível apresentada ficam cada vez mais claros, objetivos e mensuráveis os resultados esperados dos profissionais de RH.

Dentro de um mundo cada vez mais globalizado, onde a única constante é a mudança, e a única certeza 100% é a da imprevisibilidade, torna-se mandatória a adaptabilidade.

O profissional de RH deve, portanto, promover e acompanhar a mudança e estar atento à imprevisibilidade:

- ações contínuas de monitoramento interno e externo às empresas para as quais presta serviços;

- ter instrumentos para rápido diagnóstico de problemas em sua área de atuação;

- acompanhar o desenvolvimento do mercado competitivo por talentos;

- possuir uma rede de relacionamentos que permita identificar e se antecipar às mudanças do mercado;

- focar seu desenvolvimento pessoal de forma balanceada: o que a empresa necessita e o que ele gosta ou quer (preparar-se para o próximo trabalho).


Por Carlos Alberto de Faria
Merkatus

UNIDADE GERENCIAL BÁSICA

OBJETIVO - A criação das Unidades Gerenciais Básicas – UGB’s visa estabelecer o gerenciamento da rotina pelos próprios funcionários, tendo como aspectos básicos a padronização da rotina e o controle da rotina, girando o PDCA. Cada UGB passa a possuir o seu próprio PDCA e deve prestar contas de suas metas de melhorias através de workshops. Os itens da rotina (Procedimentos Operacionais) devem ser acompanhados via Administração Visível. A Unidade Gerencial Básica é o menor grupo de funcionários definidos dentro da empresa, sendo, normalmente, parte de um departamento e não necessariamente necessita de uma chefia. Esta unidade pode operar com líder produtivo que faz a intermediação da equipe com a administração. A Unidade Gerencial Básica serve também para definir responsabilidades na ponta (mais próximo do cliente) e gerar a necessária autonomia para se conseguir atingir as metas propostas.

EFEITO ESPERADO - Que cada célula possua responsabilidade e autonomia totalmente definidos de tal forma que o papel de chefia se transforma em monitor, treinador e negociador de metas, levando esta função para a retaguarda e não mais na dianteira do gerenciamento da rotina, permitindo a cada funcionário mostrar o que tem de melhor.